terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Mordida de cachorro: como prevenir

Mordidas de cachorro costumam provocar desde ferimentos leves até verdadeiras lacerações, atingindo em 77% dos casos os rostos das pessoas. No Brasil, ocorrem cerca de 400 mil acidentes desse tipo por ano, contra 44 mil nos Estados Unidos.

“As piores conseqüências ocorrem quando a vítima é criança, o que representa 60% dos casos”, afirma Marcos Grillo – PhD em cirurgia plástica, de Curitiba. Grillo afirma que boca, nariz e bochecha são os alvos preferidos pelos cães na hora do ataque. “Quando um cão morde uma pessoa no rosto, principalmente uma criança, como a pele é mais fina e vascularizada, acaba provocando sérias deformidades, inclusive uma cicatriz bastante visível.”.

Grillo enfatiza que tão logo a pessoa sofra a mordida, ela precisa ser protegida contra infecções, como o tétano. “Além disso, o tecido dilacerado deverá ser retirado e reconstruído via cirurgia. As cicatrizes são inevitáveis e podem levar anos e necessitar de novas intervenções até ficarem quase imperceptíveis.”

Marcos Grillo insiste que a prevenção contra esse tipo de acidente ainda é o melhor procedimento. Veja a regra dos “10 NÃOS”:

  • NÃO aproxime seu rosto ao focinho de qualquer cachorro
  • NÃO permita que o cão circule livremente na presença de estranhos
  • NÃO se aproxime de um cão estranho
  • NÃO leve seu cachorro para passear sem coleira
  • NÃO provoque um cão em hipótese alguma
  • NÃO perturbe um cão que está dormindo, comendo ou brincando com seus pertences
  • NÃO deixe uma criança pequena sozinha com um cão
  • NÃO deixe de vacinar seu cão anualmente
  • NÃO deixe seu cão com estranhos
  • NÃO ignore avisos de que um cão é bravo e representa perigo

Em caso de ataque inevitável, Grillo lembra que a pessoa não deve sair correndo, mas enrolar-se como uma bola e permanecer nessa posição até que alguém venha em seu socorro.